quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Anac diz que novas regras vão tornar mais rápida inspeção de passageiros


Passageiro só deve tirar cinto e outros objetos se o alarme apitar.
Crianças de colo devem ser inspecionadas afastadas do corpo do adulto.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) garante que, com a regulamentação do procedimento de inspeção de passageiros na entrada das áreas de embarque dos aeroportos, o procedimento de checagem das bagagens de mão será mais rápido e as filas que se formam na frente dos detectores de metais vão diminuir. A Anac diz que a inspeção será agilizada mantendo os padrões internacionais de segurança.

Agora será assim: o passageiro não vai mais precisar tirar cinto, relógio, colar - essas coisas - antes de passar pelo detector de metais. Mas se o alarme apitar, aí sim: tem que colocar na bandeja item por item até descobrir qual deles acionou o alerta. É um padrão de atendimento para diminuir a demora na hora de checar as bagagens de mão. Tudo sob supervisão da Polícia Federal.

Outra novidade é que quem for passar com um bebê no carrinho deverá tirar a criança do equipamento para que o carrinho passe nos raios-X. E o bebê deverá passar pelo detector de metais levemente afastado do corpo do responsável, ou seja, com o adulto esticando os braços para segurar o bebê.

Saiba mais

Quem está acostumado a viajar aprova a medida. “Já fiquei de cinco a dez minutos e às vezes quando está em cima da hora isso é fundamental para você perder seu voo”, diz o advogado Daniel da Costa. “Você se despe praticamente dentro do ambiente público, isso se torna meio constrangedor”, reclama o professor Juliano Lesnau. “Até a sola do seu sapato hoje apita. Às vezes você não está carregando nada e apita”, destaca a vendedora Regina Helena.

Pela resolução, o passageiro deixa de ser obrigado a tirar para o computador pessoal da mala para passar pelos raios-X. Só se houver alguma suspeita.

“Chega em cima da hora para pegar o avião, já está chamando e ter que tirar o computador leva mais tempo, com certeza vai facilitar um pouco”, elogia a enfermeira Karine Nogueira.

Mas nem tudo é boa notícia. Outra decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pode dificultar a vida dos passageiros. Sete dos dez postos de atendimento nos aeroportos foram fechados. Só Brasília, Belo Horizonte e Guarulhos ainda há os balcões que recebem pessoalmente reclamações sobre voos atrasados, perda de bagagens.

“Fica mais difícil porque se você tiver algum problema mais imediato não tem como resolver”, compara uma passageira.

O telefone da Anac agora a funciona 24 horas, sem parar. Também dá para reclamar pela internet.

“O passageiro já tem demonstrado preferência pela internet. Hoje a relação é quase 22 vezes maior a procura pelo atendimento via telefone e via internet do que pelo atendimento presencial”, avisa Gerson Bonani.


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