O presidente da Infraero, Murilo Marques Barboza, prestigiou a cerimônia da Força Aérea Brasileira denominada “Bródio dos Jaguares”, na Base Aérea de Anápolis (GO). O evento aconteceu no último sábado, 14/8, e contou com a presença do comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, além de outras autoridades civis e militares.
O “Bródio dos Jaguares”, realizado pelo 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) - o Esquadrão Jaguar - acontece anualmente e condecora novos pilotos de caça das aeronave Mirage. A data também homenageia algumas personalidades, denominadas “Jaguares Honorários”
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1º GDA - Esquadrão Jaguar
Sediado na Base Aérea de Anápolis, em Goiás, o Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) tem sua origens na Primeira Ala de Defesa Aérea (1ª ALADA). Ativada em 09 de fevereiro de 1970, a 1ª ALADA foi criada para ser o braço armado do Sistema de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (SISDACTA), implantado para prover uma rede de meios eletrônicos de detecção capaz de rastrear e identificar as aeronaves que sobrevoam o território brasileiro.
Para equipar essa nova unidade, foram adquiridos em maio de 1970 os jatos supersônicos franceses Mirage III, fabricados pela Avions Marcel Dassault Breguet Aviation (AMDBA), nas versões monoplaces EBR e biplaces DBR, conhecidos oficialmente na Força Aérea Brasileira como F-103E e F-103D, respectivamente. O primeiro Mirage III da FAB voou em 6 de março de 1972 em Bordeaux, na França, já ostentando o cocar da Força Aérea Brasileira. O primeiro vôo sobre o território brasileiro ocorreu em 27 de março de 1973.
A 1ª ALADA foi depois reestruturada, passando a ser denominada de Base Aérea de Anápolis (BAAN) e sediando o Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) criado no dia 11 de abril de 1979, através do Decreto Presidencial Reservado nº 4.
Os Mirage III das versões adquiridas pela FAB foram desenvolvidas primariamente para missões de defesa aérea, embora mantivessem alguma capacidade de atuar como plataformas de ataque ao solo. O motor era um SNECMA ATAR 09C, cujo empuxo máximo com pós-combustão alcançava 13.900 libras (6.305 kg), levando a aeronave a velocidade máxima de Mach 2,2 (2.350 km/h). O sistema de controle de fogo era baseado no radar Thomson-CSF Cyrano II, que originalmente operava integrado ao míssil ar-ar infra-vermelho Matra R530, depois substituído pelo míssil israelense Python III. Como armamento fixo, a aeronave era dotada de dois canhões DEFA de 30 mm. Para navegação, os Mirage III da FAB utilizavam sistemas tipo Doppler. No inícios dos anos 90, a FAB incorporou ao Esquadrão Jaguar as missões de ataque ar-solo, passando a utilizar bombas de queda livre e lançadores de foguetes.
Os Mirage III da Força Aérea Brasileira foram desativados oficialmente no dia 14 de dezembro de 2005, iniciando o período de preparação do Esquadrão Jaguar para o recebimento dos Dassault Mirage 2000, adquiridos na França. As doze aeronaves, dez do modelo C e dois do modelo B, foram desativadas pela Força Aérea Francesa e reformadas para serem entregues para a FAB. As duas primeiras chegaram no dia 04 de setembro de 2006 e as restantes foram entregues em lotes sucessivos até 2008.
Na Força Aérea Brasileira o Mirage 2000C recebeu a designação de F-2000C e o Mirage 2000B passou a ser o F-2000B. Ambos os modelos são equipados com turbofans SNECMA M53-P2 capazes de desenvolver 9.500 kg de empuxo e armamento fixo composto por dois canhões GIAT/DEFA 554 de 30 mm, além de capacidade para transportar bombas e mísseis nos diversos pilones sob as asas e fuselagem.
Entre o período da desativação do Mirage III e a operação definitiva do Mirage 2000, o Esquadrão Jaguar utilizou aeronaves Embraer AT-26 Xavante para manter a operacionalidade de seus pilotos. As missões de alerta foram realizadas em rodízio pelos Northrop F-5E Tiger II do Primeiro Grupo de Caça e do Esquadrão Pampa. Após esse período, os Xavantes retornaram para o Esquadrão Pacau.
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