quarta-feira, 21 de julho de 2010

Aeroportos de Belo Horizonte estaram preparados para a Copa de 2014, Segundo a Infraero


Os aeroportos estão se preparando para atender ao aumento de demanda na Copa de 2014 e as preocupações de possíveis gargalos são descabidas.

É assim que o superintendente regional do Sudeste da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Mario Jorge Fernandes de Oliveira, avalia a situação dos aeroportos da região para o evento de futebol em 2014.

Faz parte da regional Sudeste sete aeroportos da Infraero em Minas Gerais e mais o de Vitória (ES). O crescimento do volume de passageiros no Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) é considerado por Oliveira como absolutamente chinês. Mas, com aproveitamento dos horários ociosos, planejamento, coordenação e investimento em infraestrutura, vamos conseguir administrar esse aumento no volume de passageiros, diz.

Quais são os principais investimentos que serão feitos em Confins até a Copa de 2014?

Confins vai receber R$ 408 milhões de investimento até a Copa, com reforma e ampliação da pista de pouso, pátios, do terminal de passageiros e adequação do sistema viário. Estamos terminando o estacionamento para atender o Terminal 1, que vai ter capacidade para 1.580 carros. O antigo tem capacidade para 1.560 veículos. Vamos dobrar a capacidade. Melhoramos ainda a sala de embarque e desembarque. Estamos agora fazendo a melhoria do desembarque internacional, que é a reclamação de todo mundo que passa por aqui. Vamos entregar em outubro deste ano.

E no Aeroporto da Pampulha?

Na Pampulha, queremos começar neste ano uma adequação para melhoria operacional na ordem de R$ 40 milhões.

O aeroporto vai conseguir preparar-se a tempo para receber os turistas na Copa de 2014?

Com certeza vamos estar preparados para receber os turistas. Não teremos problemas com aeroportos no Brasil. O Ministério da Defesa espera aumento de 10% no número de passageiros no ano da Copa de 2014. Com aproveitamento dos horários ociosos, planejamento, coordenação e investimento em infraestrutura, vamos conseguir administrar esse aumento no volume de passageiros. Estamos com os terminais de Confins e da Pampulha preparados para a Copa. Mas a nossa missão é atender à comunidade além da Copa.

Confins transportou mais passageiros do que a capacidade do aeroporto em 2009. Como estão as obras para atender ao aumento de demanda até o fim do ano?

Estamos observando hoje um crescimento absolutamente chinês. De janeiro a junho deste ano, transportamos 3,2 milhões de passageiros, 30% a mais do que no mesmo período de 2009. No ano passado, foram quase 6 milhões de passageiros transportados no aeroporto. Se for mantido o ritmo de crescimento, vamos transportar pouco mais de 7 milhões neste ano. Este crescimento acontece em função da vitalidade da economia do Brasil e, em especial, da mineira, que está em ritmo acima da média nacional. Apesar de termos alguns com a capacidade no limite, há muitos outros que precisam ser preenchidos. Temos muitos horários que podemos operar tranquilamente.

A Cidade Administrativa e o centro de manutenção de cargas da Gol mudaram a rotina do aeroporto? De que forma?

O impacto é só positivo. O centro de manutenção da Gol vai agregar novas aeronaves, isso é bom para a gente. Quanto à Cidade Administrativa, ela só vem reforçar a tendência do Vetor Norte da região metropolitana.

Como está Confins no cenário nacional de aeroportos?

O aeroporto de Confins está situado em uma área onde não há muita interferência da população urbana. Temos a possibilidade de crescer, pois o aeroporto está em sítio grande. Podemos fazer um novo sistema de pistas do outro lado. E não sofremos com interferência de ruídos. O aeroporto é um indutor de movimento da região e temos ainda o aeroporto indústria, que está sendo licitado.

Que tipos de negócios o aeroporto pode atrair?

Quanto tivermos o desenvolvimento do segundo terminal, teremos oportunidades de negócios em hotéis e centro de convenção.

Fonte: Jornal Estado de Minas

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