quinta-feira, 9 de setembro de 2010






Última atualização em 08/09/2010, às 19h26
Resende

O último obstáculo para a operação de voos comerciais a partir do Aeroporto de Resende foi superado hoje. O secretário de Indústria, Tecnologia e Serviços da prefeitura de Resende, Edgar Moreira Gomes, informou hoje que o caminhão de combate a incêndio com capacidade para enfrentar problemas em aeronaves de maior porte já foi liberado pela Força Aérea Brasileira e chegará a Resende em breve.

Com isso, a empresa Trip Linhas Aéreas, que conseguiu na semana passada a autorização para operar no aeroporto, poderá começar a voar tão logo se estabeleça comercial e administrativamente no município. Edgar esteve no final do mês passado em Brasília, com o brigadeiro Juniti Saito e com o Subsecretário de Estado de Transportes, Delmo Pinho, para conseguir o caminhão.

De acordo como secretário, a princípio a Trip vai operar com aeronaves ATR 72, com capacidade para 68 passageiros, com um vôo diário que cobre Campo Grande, Dourados, Curitiba, Campinas, Resende, e Rio de Janeiro; podendo se deslocar posteriormente até Cabo Frio e Porto Seguro. Esse vôo vai sair 9h30 de Campinas chegar às 10h05 em Resende, e seguir às 10h30 para o Rio. Na volta ele chegará a Resende às 17h10 seguindo às 17h40 para Campinas.
Além de fazer a conexão em Santos Dumont e Campinas, o itinerário também poderá incluir conexões em São João Del Rei, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberaba, Uberlândia, Araxá, Ipatinga, e Manaus pela Trip; e através de code share com a empresa Azul, cobrir o resto do Brasil.

Em crescimento

O comunicado do Ipea "Panorama e perspectivas para o transporte aéreo no Brasil no mundo" identifica o crescimento da aviação regional brasileira, já com métodos mais modernos de gestão. "Essa consolidação é causa e consequência também do desenvolvimento econômico das cidades médias e dos centros regionais do País. Conta ainda com a colaboração das dimensões continentais do Brasil para sempre se valer da condição de ser um transporte imprescindível", destaca o documento.

De 2003 até hoje, a demanda do setor aéreo tem crescido significativamente acima do Produto Interno Bruto (PIB). Embora aponte uma escassez de investimentos em relação ao crescimento da demanda por serviço aéreo, o estudo do Ipea conclui que este é um setor que cresce vertiginosamente e que precisa de uma nova organização institucional, diferente daquela pautada pela realidade do País e do mundo antes da globalização.

Em praticamente todas as grandes metrópoles dos países desenvolvidos os aeroportos sofrem de congestionamentos, e hoje existem transportes alternativos. "No Brasil, nós também já temos isso no que se chama terminal São Paulo, que engloba Viracopos, Cumbica e Congonhas. Isso necessita de investimentos, de novas tecnologias de controle do tráfego aéreo, e nós inevitavelmente vamos caminhar para isso", justificou o consultor e especialista do Ipea Josef Barat, que participou do estudo.

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