terça-feira, 26 de outubro de 2010

Faltam 900 controladores nos aeroportos





Faltam 900 controladores nos aeroportos; 560 deixaram a função em 2 anos

MARIANA BARBOSA

DE SÃO PAULO

O Brasil tem 3.114 controladores de tráfego aéreo em atividade, quase 900 a menos do que a meta estabelecida pelo Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) há mais de dois anos.

Em 30 de abril de 2008, exatamente um ano após a greve que paralisou os aeroportos, o Comando da Aeronáutica declarou que planejava chegar em 2010 com 4.000 controladores. Para isso, seria preciso formar mil novos profissionais.

O Ministério da Defesa demorou 20 dias para responder às perguntas da Folha. Ontem, enviou uma resposta por escrito dizendo que o Decea desconhece a "suposta meta de 4 mil controladores para 2010".

Diz a Defesa: "E, mesmo que não houvesse o número ideal de controladores para a demanda existente, não haveria risco à segurança. Hipoteticamente, a consequência seria um número de voos menor que o demandado pelo mercado".

http://bit.ly/9eQqmR

Depoimento de um controlador:

Faltam Pilotos, mecânicos, controladores de tráfego Aéreo, só não faltam políticos…
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Os problemas do setor aéreo no Brasil se sucedem numa novela sem fim, na qual a incompetência e a procrastinação governamentais são as protagonistas da ação-ou melhor, da inação, pois é disso que se trata. Além da ineficiência dos aeroportos, que permanecem muito aquém das necessidades do país, persiste a falta de controladores de tráfego aéreo.
O Brasil conta atualmente com 3.114 desses profissionais em atividade. São quase 900 a menos do que a meta fixada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) em abril de 2008. Naquela ocasião, um ano depois de uma grave crise no setor, o Comando da Aeronáutica anunciou que planejava chegar em 2010 com 4.000 controladores.

Nesta semana, questionado pela reportagem da Folha sobre o descumprimento do objetivo, o Ministério da Defesa, 20 dias depois, respondeu que o Decea desconhecia a “suposta meta” de 4 mil controladores. Não é de espantar, pois, como é comum nessas ocasiões, promessas são feitas para acalmar a opinião pública, mas não tardam ser esquecidas. O mesmo deu-se com a abertura de capital da Infraero e o terceiro aeroporto de São Paulo, mencionados em 2007 pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Depois de a reportagem enviar a comprovação da “suposta meta” ao ministério, a promessa foi, enfim, reconhecida pelas autoridades. Entraram em cena, então, as tergiversações de praxe.

Em resumo, o governo considera que não há risco para a segurança, embora “hipoteticamente”, no caso de haver menos controladores do que o necessário, “a consequência seria um número de vôos menor que o demandado pelo mercado”. É o que na prática que já acontece.

By Chaves

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