sábado, 2 de outubro de 2010

Para Infraero aeroportos são seguros; os dois sítios aeroportuários de Belém não representariam perigo de catástofre




CONFORTÁVEL - Os dois sítios aeroportuários não representariam perigo de catástofre
O processo desordenado de urbanização tomou conta do entorno dos aeroportos de Belém (o internacional e o Brigadeiro Protásio, antigo Júlio César) e em todo o País. Por isso, caso um acidente aéreo ocorra na decolagem ou aterrissagem, é provável que a aeronave caia numa área residencial ou comercial. Porém, o superintendente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Samuel Sales, garante que os sítios aeroportuários da capital paraense seguem todas as normas de segurança e estão livres de riscos por causa de construções próximas das pistas. Há áreas de preservação num raio de oito quilômetros a partir do centro dos aeroportos e planejamento para expansão num prazo de até 50 anos.

"A situação está sob controle. As pistas 0624, com 2.800 metros de extensão, e a 0220, com 1.830 metros, estão livres. Nenhuma construção fere a segurança da aviação. A própria pista do Brigadeiro Protásio, onde ocorreu um acidente na semana, tem 1.105 metros de extensão e também está segura. Nos dois aeroportos as pistas estão numa situação confortável. A urbanização ao redor de aeroportos é um processo normal e inevitável. Claro que mantemos todas as medidas de segurança possíveis para o controle da área patrimonial e estamos sempre orientando a população nos arredores. Podemos operar com segurança", afirma Sales.

Para o mestre em Arquitetura Paulo Castro Ribeiro, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), as possíveis soluções para garantir a segurança da aviação e de centros urbanos seriam desapropriar os imóveis das áreas próximas e indenizar os moradores ou mudar os aeroportos de lugar. Ambas as soluções exigem muitos investimentos e podem resultar e reclamações. "Construir um novo aeroporto numa área mais afastada e impedira ocupação dos arredores seria um gasto elevado. Além da construção, seria preciso transportar toda a estrutura para o novo sítio aeroportuário e isso também seria muito caro. Desapropriar imóveis causa muita revolta, afinal, as pessoas já estão habituadas a morar onde estão. Remanejar as residências é o mesmo desafio. Infelizmente essa realidade não é só paraense. É a brasileira. As pessoas devem continuar convivendo com os mesmos transtornos e riscos", ressalta.

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