segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Casal De Volta Redonda Estava Em Avião Que Se Partiu



Casal de Volta Redonda estava em avião que se partiu
Quatro brasileiros, sendo dois do Estado do Rio, estão entre os sobreviventes da queda de um avião na ilha colombiana de San Andrés. O Boeing 737-700, da companhia aérea Aires, que levava 121 pessoas de Bogotá até ao local, foi atingido ontem por um raio, momentos antes da aterrissagem. A aeronave se partiu em três pedaços. Uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas com gravidade.

Dois casais brasileiros estavam a bordo: Ramiro Lobo Almeida e Katherine Lobo — da cidade de Volta Redonda — e Thiago Cavalcanti e Carolina Gonçalves. Todos foram levados a hospitais e Carolina, que está grávida, permanece internada. Tenente do Exército brasileiro, Ramiro teve ferimentos no rosto. Sua mulher sofreu uma fissura num osso do nariz. O casal viu a aeronave se partir bem na frente deles.

A única vítima fatal do acidente foi a colombiana Amar Fernández, 73 anos, que teve uma parada cardíaca e morreu num hospital . Entre os feridos com gravidade há uma criança.

Localizada no mar do Caribe, a Ilha de San Andres é um dos destinos turísticos mais visitados da Colômbia. Comandante do Grupo do Caribe da Força Aérea Colombiana, o coronel Gustavo Barrero confirmou que, no momento do acidente, caía uma forte tempestade. “A aeronave aterrissava em meio a uma intensa tempestade elétrica, quando um potente raio teria causado seu descontrole”, afirmou.

O piloto contou que o raio teria atingido o avião a apenas 80 metros da cabeceira da pista. “Ele, então, perdeu o controle da aeronave”, explicou o general Orlando Paéz Barón, diretor de segurança áerea da Polícia Nacional. “Fui informado que a perícia do piloto evitou que a aeronave saísse da pista. Devido ao impacto, os motores se desprenderam e o avião se partiu”, acrescentou.

Pedro Gallardo, governador da ilha de San Andrés, classificou o ocorrido de milagre, devido ao baixo número de vítimas. “Damos graças ao Todo-Poderoso pelo milagre que concedeu a este belo arquipélago”, comentou.

Aviões comerciais são atingidos por raios, em média, a cada mil horas de voo. Apenas o raio geralmente não provoca o acidente aéreo, mas sim a repentina mudança da direção do vento ou uma forte turbulência que, no momento do pouso, são capazes de derrubar o avião.

“Tiramos o cinto e pulamos pela asa. Foi um milagre”

“Sentimos uma pressão muito grande no ouvido e achamos que o avião estada descendo rápido demais. O raio atingiu o avião à minha esquerda e vi o mar, o oceano, logo abaixo do avião. As outras pessoas também viram e começaram a se desesperar, mas o avião acabou acelerando e caiu bem no começo da pista. Logo na minha frente, o avião já estava aberto. Fui um dos primeiros a sair: tirei o cinto, segurei a minha esposa e pulamos pela asa . Naquela situação tudo o que você tem é o instinto de sobrevivência. Vi fogo e pensei que tudo ia explodir. Acho que foi um milagre. Nascemos de novo”.

Fonte: O Dia Online

http://bit.ly/9xLnTH

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