sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A ANEI(Associação Nacional dos Empregados da INFRAERO) ESCLARECE E REPUDIA A IATA



Sex, 19 de Novembro de 2010 13:53

Aeroporto no Brasil é "desastre", diz associação mundial de aéreas

Luciana Coelho - em Boston

A principal associação mundial de companhias aéreas censurou ontem o Brasil por deficiências de infraestrutura que ameaçam o fluxo de passageiros na Copa de 2014 e na Olimpíada de 2016.

Impostos e taxas no país e na região também foram questionados como um obstáculo à operação, assim como riscos à segurança.

"O Brasil é a maior economia da América Latina e a que cresce mais rápido, mas sua infraestrutura é um desastre crescente", afirmou o presidente da Iata, Giovanni Bisignani, em discurso distribuído à imprensa.

Bisignani, que falou no fórum da Associação de Transporte Aéreo da América Latina e do Caribe, no Panamá, alertou para a demanda que virá com os megaeventos esportivos e exortou autoridades e empresas nacionais a prepararem um plano "se quiserem evitar vexame".

"O relógio está correndo e eu não vejo muito progresso", afirmou. "Dos 20 maiores aeroportos domésticos do Brasil, 13 não conseguem acomodar as demandas em seus terminais. E a situação em São Paulo é crítica."

A maior preocupação da Iata é o Aeroporto Internacional de Guarulhos. A associação criticou a decisão da Infraero, depois revertida, de fechar uma das pistas no próximo ano. A capacidade atual do aeroporto é insuficiente para o crescimento da demanda.

Outro ponto levantado foi o aumento tributário. A Iata relata este como um problema da região, mas destaca o Brasil, o Chile e o Peru ao falar de países cuja competitividade no setor é fortemente afetada pelos impostos.

"É por causa dos altos impostos que esses países são listados, respectivamente, como 45º, 57º e 74º no índice de viagem e turismo do Fórum Econômico Mundial." A lista é liderada pela Suíça.

GRANDES EXPECTATIVAS

Apesar das críticas, a Iata festejou a fusão da TAM com a LAN Chile, um negócio estimado em US$ 14 bilhões em capitalização de mercado, quase o triplo do que é estimado para outra megafusão, a da British Airways com a espanhola Iberia.

A associação está aumentando seu investimento no Brasil e nomeou Carlos Ebner, ex-presidente da Oceanair (hoje Avianca) e ex-diretor financeiro da Varig, como diretor para o Brasil a partir de dezembro.

O movimento aéreo na América Latina (número de voos) deve crescer acima da média global: 15,2% no ano e 6,1% no ano que vem, após fechar 2009 no zero a zero. Em receita, a alta estimada é de 5% e 3,2%, também acima da média do resto do mundo.

Fonte: http://migre.me/2knIg

A Associação Nacional dos Empregados da INFRAERO - ANEI repudia a insolente, insana, tendenciosa, de intenção duvidosa e desrespeitosa declaração do presidente da IATA, órgão aliás, que há muito vem "querendo" se infiltrar nas ações da maior estatal operadora de aeroportos do mundo - INFRAERO.

Como associação a IATA tem seu papel e sua importância social no cenário mundial, mas quem de fato dá as cartas para o setor é a Organização da Aviação Civil Internacional - OACI. O Brasil além de atender a todos os requisitos de segurança operacional é membro permanente do Conselho daquela Organização. Nosso país é considerado seguro para voar, de acordo com inúmeras auditorias e inspeções pela OACI e outros órgãos internacionais.

Os aeroportos administrados pela INFRAERO mantém elevado padrão de excelência no que diz respeito a segurança operacional, isto é, nossos aeroportos são seguros. O que de fato temos tido dificuldades e isso trata-se de exclusividade brasileira, é no oferecimento de mais conforto ao passageiro diante da explosão de crescimento surpreendente da nossa economia e consequente demanda pelo modal aéreo - único modelo de transporte rápido de massa adotado no Brasil. Mas a estatal possui estratégias e planejamento.

Ocorre que em decorrência de uma série de legislações as quais a estatal está submetida, sobretudo da obrigatoriedade do cumprimento da Lei 8.666 o processo é bem mais lento em comparação ao setor privado.

Contudo, afirmar que o Brasil está prestes a dar vexame beira ao delírio e inconsequência, a menos que haja interesses outros "que já estamos acostumados a lidar", no Brasil já teve até apelido - PRIVATARIA (pirataria da privatização), o velho discurso de pessoas no mínimo indiscretas. Assim como nós sabemos que aeroporto dá lucro, há uma turma que está louca para enriquecer ainda mais as custas da pacata sociedade brasileira.

Interessante o suspeito discurso do presidente de uma entidade tão respeitada no tocante a preocupação com o aeroporto de Guarulhos e dos 13 aeroportos em que ele afirma não ver progresso. Podemos afirmar que além de maiores responsáveis e maiores preocupados, nós recebemos consultores africanos há bem pouco tempo na INFRAERO e foi-nos dito que a África encontrava-se na mesma situação e não houve vexame algum lá. Diga-se de passagem, inclusive, que o país africano não gozava economicamente de momento tão saudável quanto o nosso.

O Brasil de hoje começa a viver o sonho da Alice no país das Maravilhas - oportunidades e oportunidades. Até a IATA reconhece e passa a investir mais em nosso solo, ela deveria apenas ter mais cautela quando abrir a boca. Temos um ditado no Brasil presidente Giovanni: "Quem fala demais dá bom dia a cavalo" - respeite o Brasil e os trabalhadores da estatal que há 37 anos integra e promove soberania nacional diuturnamente, seja nos grandes centros urbanos ou em lugares longínquos no meio do nada.

Diretoria Executiva da ANEI

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