segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Terminal 3 do aeroporto de Guarulhos não ficará pronto para Copa


São Paulo - Apenas 60 por cento do terminal 3 do aeroporto de Guarulhos, um dos mais movimentados do país, vai estar pronto para a Copa de 2014, afirmou nesta segunda-feira o diretor de operações da Infraero, João Jordão.

Ele destacou que pelo andamento das obras, o terminal 3 não será concluído a tempo do mundial, mas garantiu que o atraso não cria um risco "apagão" durante a Copa de 2014 no aeroporto, o principal destino para voos internacionais do Estado de São Paulo.

O novo terminal vai ampliar a capacidade de Guarulhos em 15 milhões de passageiros. A capacidade atual de Guarulhos, antes das obras, é de aproximadamente 22 milhões de pessoas.

Segundo Jordão, a demanda para a Copa será atendida com apenas 60 por da obra concluída. A estimativa da Infraero é que o movimento nos aeroportos do país aumente entre 2 milhões e 2,5 milhões de passageiros durante o mundial do Brasil.

"Temos reuniões a cada 15 dias para montar o planejamento com base em demanda. Guarulhos não vai estar com o terminal 3 totalmente pronto. Terá 60 por cento da sua capacidade", disse Jordão.

"Isso seria suficiente para a Copa e Olimpíadas", acrescentou o diretor da Infraero, após reunião da agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com representantes de companhias aéreas, sobre plano de contingências para o movimento de passageiros no final deste ano.

Jordão explicou que as obras de construção do módulo 1 de Guarulhos, que vai ampliar a capacidade do aeroporto em 1 milhão de pessoas, e, o módulo 2, que vai agregar mais 5 milhões de passageiros, estão acontecendo paralelamente à construção do terminal 3 do aeroporto. "Os dois módulos vão ficar prontos até o fim do ano que vem", disse Jordão. "Os módulos vão dar um fôlego enquanto as obras definitivas não ficam prontas", acrescentou.

Nessa segunda-feira, o Ministro de Esportes, Orlando Silva, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016, Carlos Arthur Nuzman, criticaram o ritmo das obras nos aeroportos do país. "A questão dos aeroportos talvez seja o tema mais unânime no país. Há uma necessidade de melhora, de modificação dos seus sistemas, mas acredito que, com os planos de ação do próximo governo, os problemas sejam solucionados", disse Nuzman.

Na semana passada, o presidente da associação internacional que reúne companhias aéreas (Iata), Giovanni Bisignani, afirmou que dos 20 principais aeroportos do país, 13 não têm terminais capazes de atender a demanda atual de passageiros.

"Eu não vejo muito progresso (no ritmo das obras) e o tempo está correndo. Para evitar um embaraço nacional para o país precisamos reunir todos os participantes e finalizar um plano", disse Bisignani na ocasião.

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